"Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas." Eclesiastes 11:9

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

10 erros que os jovens não podem cometer



1. NÃO LEVAR A SÉRIO A LEI DA SEMEADURA. (Gl 6:7)
A) Semear é opcional, colher é obrigatório.
B) Tudo na vida é uma questão de semeadura.
C) Quem semeia honra colhe longevidade.
D) Palavras são sementes que lançamos no solo do coração da pessoas.
2. DAR MAIS VALOR À APARÊNCIA FÍSICA, DO QUE PARA A BELEZA DO CARÁTER. (1 Pe 3:2-4)
A) Não basta ter casca, mas não ter conteúdo.
B) Não basta ser aplaudido pelos homens, e não ser aprovado por Deus.
C) Quem você é, é mais importante do que aquilo que você faz.
D) Talento é um dom, caráter uma escolha.
3. NÃO PROTEGER A ÁREA DA SUA VIDA QUE É MAIS VULNERÁVEL AO PECADO. (Mt 26:41)
A) Sansão terminou sua vida de forma trágica, porque brincou onde não deveria brincar. Sansão flertou com o pecado, brincou com a tentação.
B) Ele não protegeu seu ponto fraco.
C) Qual é o seu ponto fraco, comer demais, falar demais, o sexo ilícito, o temperamento, a Ira, o dinheiro, a pornografia etc…
4. NÃO TER COMPROMISSO COM UMA LISTA DE PRIORIDADES ORDENADAS. (Mt 6:33)
A) O que deve vir em primeiro lugar na vida de alguém que nasceu de novo, que serve ao Senhor?
B) Diz a Palavra: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus…”
5. NÃO INVESTIR NO SEU FUTURO.
A) Quem pensa só no momento, amanhã sofrera com a dor do arrependimento.
B) Planejar significa pensar antecipadamente.
C) Quem investe no seu futuro, tem visão, sabe aonde quer chegar, tem objetivos na vida.
6. NÃO INVESTIR NO SEU CRESCIMENTO PESSOAL.
A) Quem escolhe a mediocridade, não se destaca e sua história nunca será contada.
B) Não há crescimento sem pré-disposição para as mudanças necessárias.
C) Não há crescimento sem a dor da disciplina. Aceite a dor da disciplina para não chorar com a dor do arrependimento.
7. FAZER PORQUE TODOS ESTÃO FAZENDO. (1 Co 10:23)
A) Quem faz só porque todos estão fazendo, não tem opinião própria e nem personalidade.
B) Suas decisões revelam qual é o seu código de valores.
C) Seu código de valores revela a qualidade do seu caráter.
D) O jovem que tem um caráter cristão decide sempre com base em princípios, ainda que a maioria esteja fazendo, se é contra as escrituras ele não faz.
8. NÃO PERDOAR OS PAIS… (Mt 18:21,22)
A) Pais ausentes. (Nunca tem tempo para os filhos.)
B) Pais agressivos (Ele passou a cueca suja no rosto do filho. )
C) Pais que foram infiéis. (Ela pegou a mãe beijando outro na cozinha.)
D) Pais que abandonaram. (O pai foi embora, sem Dar satisfação à ninguém.)
E) Pais que são homossexuais. (A mãe abandonou o pai e foi morar com outra mulher.)
F) Pais que abusaram dos filhos física ou psicologicamente. (Com 7 anos ela foi abusada pelo pai.)
G) Pais alcoólatras – (Meu pai FICA irreconhecível quando chega embriagado.)
Quem não perdoa:
· Destrói a Ponte que um dia vai precisar usar.
· Desenvolve um câncer na alma.
· Nunca vai experimentar o milagre da transformação em sua Casa.
· Coloca-se debaixo da Ira de Deus.
· Não tem Paz.
· Abre uma brecha enorme na alma para a depressão.
· Não tem suas emoções conquistadas.
· Diz não para Deus e sim para o diabo.
· Vive como um prisioneiro dos sentimentos negativos.
9. SEMPRE TRANSFERIR A CULPA PARA ALGUÉM, NUNCA ASSUMINDO RESPONSABILIDADE. (Gn 3:10-13)
A) A sua vida é o resultado das escolhas que você faz.
B) Ninguém pode decidir por você.
C) Quando transferimos toda culpa para o diabo, não sentimos necessidade de mudar.
D) Não há mudança quando a pessoa não reconhece que precisa mudar.
10. NÃO TER PARCEIROS DE ORAÇÀO E NEM CONSELHEIROS.
A) Daniel, Ananias, Misael e Azarias eram parceiros de oração. (Dn 2:17,18)
B) Um conselho pode nos livrar do caminho da morte. (Pv 16:25; Pv.12:15; Pv 27:9).
C) A Bíblia diz que o cordão de três dobras não se quebra com facilidade. (Ec 4)
Por Pr. Josué Gonçalves
Fonte: Estudos Cristãos

sábado, 20 de dezembro de 2014

DO BOM E DO MELHOR (texto de Leila Ferreira)


Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.

Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...

domingo, 7 de dezembro de 2014

Peça "A Igreja Adormecida"


Peça Teatral apresentada na Igreja Batista Novo Horizonte, em Patos, PB, no dia 12 de outubro de 2013.

Refletindo... A Flor da Honestidade

 
Conta-se que por volta do ano 250 a.c., na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
 
Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração e indagou, incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar, pelo menos, alguns momentos perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
 
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizavam muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc...
 
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia, ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada, além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
 
Na hora marcada, estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.
Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações.

Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor, que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
 
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.
 
João 8:32 "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."
(autor desconhecido)

DESCE À CASA DO OLEIRO!



Jeremias 18:1-4

1 “Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo:

2  Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.

3  Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas.

4  Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.”


Existe mais de 200 tipos de barro, isso é um fato, mas nem todos servem para fazer um vaso, desses 200 apenas 8 tipos são úteis. O barro por si só não tem valor e mesmo que se transforme em um vaso de barro não custará muito, mas não interessa que um vaso de barro valha muito dinheiro, o importante é que ele seja firme, sem rachaduras e tenha uma utilidade.

Quem é o oleiro? E quem é o barro?
Isaías 64:8 - "Contudo, Senhor, tu és nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos."
 
Iniciamos a análise do nosso texto a partir do versículo 2. A primeira palavra de Deus para Jeremias é “DISPÕE-TE”, em algumas traduções é “LEVANTA-TE”:

“Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.”

Se Deus já estava falando com Jeremias naquele momento, não poderia ter dito a ele o que tinha pra dizer já ali onde Jeremias estava? Tinha que fazê-lo sair do seu conforto? Do lugar que era conveniente para Jeremias estar naquele momento?

Mas Deus vai mais além, já não bastava mandar que ele saísse de onde estava, o Senhor manda que ele desça também...

E como é difícil para nós descermos às vezes... Principalmente quando temos que descer a nossa cerviz! O nosso ego endurecido pelo uso.

Mas o Senhor manda que ele se levante e desça, MAS DESCER PARA ONDE? À casa do oleiro. Em termos práticos, onde é a casa de Deus a qual podemos visitar? A igreja! E isto é bíblico.

Mateus 21:13, parte A: “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração.”

E chegando à casa do oleiro, ele o encontrou trabalhando com o barro. Talvez ele estivesse enxergando a ele próprio. Então ele vê o vaso se estragando nas mãos do oleiro, mas ao invés de ser jogado fora, o oleiro pega o mesmo barro que deu problema para ser moldado antes e recomeça o trabalho, e o molda da forma como bem lhe parece.

Vemos alguns aspectos interessantes aqui:

1.    Esse barro está incluído nos poucos tipos de barro que serve para fazer vasos, pois o oleiro, experiente que é não pegaria um barro inútil, é portanto, um barro com utilidade para o fim que se espera;

2.    O barro se permite moldar pelas mãos do oleiro;

3.    O oleiro, mesmo vendo o barro fracassar não desiste dele e mais uma vez o molda para o fim que o oleiro precisa.

 
E não importa quanto tempo de caminhada cristã cada um de nós tem. Cada um está sendo moldado por Deus para o seu uso. Por isso quando nos convertemos ao Evangelho, nós mudamos, mas não somente porque queremos, querer é fundamental, mas também, e principalmente, porque Deus opera em nós, Ele nos molda a cada dia. E esse vaso que cada um de nós representa só estará pronto quando nos apresentarmos a Deus. Afinal, o pecado nos cerca dia após dia, e como crentes ainda muitas coisas nos afastam de Deus e precisamos querer uma nova forma.

É nesse momento que o barro se estraga nas mãos do Senhor, por exemplo:

1.    Quando somos servos de Deus e pronunciamos um palavrão;

2.    Quando somos parte do corpo de Cristo e contaminamos o corpo com o câncer da fofoca;

3.    Quando somos fiéis nos dízimos em parte, dando só do salário e do 13º não. Não foi Deus que te deu?

4.    Quando na igreja nos trajamos de forma composta, mas no centro da cidade, aos olhos dos ímpios exibimos nosso corpo.

5.    Ou na frente dos irmãos aparentamos um ar de santidade e em casa só faltamos matar a família no grito?

Esses são apenas alguns exemplos dos principais problemas dentro das igrejas, mas existem muitos outros.

Tiago 2:10 - "Porquanto, quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas uma das suas ordenanças, torna-se culpado de quebrá-la integralmente."

Por isso Deus nos molda a cada dia. Perdeu o emprego? Deus está te moldando, você ainda não está pronto. Está passando por algum momento de angústia, aflição, perseguição? Você não é o único, Deus está te moldando. Muitas vezes Deus toca naquilo que você mais ama, porque você está inerte, confortável, que nem Jeremias, e ele diz: DISPÕE-TE, DESCE À CASA DO OLEIRO! Ou seja, meu filho, acorde! Você está muito bem aí, mas eu não quero você aí na sua casa, eu quero você na MINHA casa! Eu quero você na igreja. E quando você chega na casa Dele você descobre que há um longo processo a ser cumprido, uma etapa dolorosa mas o mais importante de tudo, você saberá que mesmo errando: DEUS NÃO DESISTE DE VOCÊ! Mesmo quando você estiver como o barro estragado nas mãos do Senhor, sem mais forças pra prosseguir, Ele vai começar do zero e fazer de você um vaso novo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

AS DEZ VIRGENS

 
 
Mateus 25:1-13 “1 Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. 2  Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. 3  As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; 4  no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. 5  E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. 6  Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! 7  Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. 8  E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. 9  Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. 10  E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. 11  Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! 12  Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. 13  Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.”
 
Na sequência de parábolas do Evangelho de Mateus, encontra-se no capitulo 25, as palavras de Jesus sobre dez virgens à espera do noivo. Esta parábola só foi mencionada no Evangelho de Mateus, como parte do sermão proferido por Jesus no Monte das Oliveiras. Nessa ocasião, Jesus contou várias parábolas sobre a importância de estarmos preparados para o seu retorno, ele a contou poucos dias antes da sua crucificação. Os ouvintes de Jesus estavam familiarizados com a tradição das candeias, de modo que puderam compreender perfeitamente o significado da parábola.

Mas o que é uma candeia? Lembram-se do gênio da lâmpada mágica de Aladim? Ele morava dentro de uma LÂMPADA. Mas não é uma lâmpada como essa que nós conhecemos. Os mais antigos usavam a lamparina, e na época de Jesus usavam lâmpadas, como a do gênio de Aladim, ou candeias, que são a mesma coisa e funcionam à base de azeite.

Vamos entender um pouco sobre o costume antigo com relação a noivado e casamento:

No antigo Israel a aliança de casamento fazia parte do direito civil e não havia documentos legais elaborados para definir os direitos do marido e da esposa. Hoje em dia, para que um casamento seja reconhecido na esfera cível, é necessário que os nubentes tenham passado por todos os trâmites legais para, por fim, ter uma certidão que ateste o casamento. Mas naquele tempo os rituais por si só já bastavam.

 
A cerimônia de casamento consistia em trazer a noiva para a casa do noivo, em procissão, com lâmpadas acessas durante à tarde ou noite. Havia grande regozijo e celebração nas ruas, e também quando as procissões chegavam à casa do noivo. Uma vez que entravam na casa do noivo, as portas eram FECHADAS e a cerimônia começava. O noivo espalhava a ponta do manto superior sobre a noiva, em seguida, iriam proceder à câmara de casamento, depois acontecia a festa de encerramento.
 

É interessante porque Jesus falou de dez virgens para um noivo e não para dez noivos, e sempre que a Bíblia se refere a casamento de maneira figurada, está se referindo à Cristo e sua Igreja. Logo, Ele se referia às virgens comparando-as a Igreja de Cristo, o Noivo, era o Próprio Senhor Jesus. Ainda na parábola, se lê que cinco virgens tinham suprimento de óleo para suas lâmpadas, de modo que puderam ficar vigilantes até a chegada do noivo, reconhecendo sua aparência e identificando-o. Cinco noivas, porém, saíram ao encontro do noivo com lâmpadas acessas, mas sem reservas de óleo, suas lâmpadas apagaram e elas não puderam encontrar o noivo, entrar em Sua casa, uma vez que saíram para comprar óleo e quando voltaram, as portas da casa onde ocorria a festa de casamento, estavam fechadas. Elas bateram e o noivo respondeu de dentro:

Mateus 25:12-13 “Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.”

Quando lemos essa parábola, a primeira coisa a que remetemos é à Vinda de Cristo, não é verdade? Mas talvez esse pensamento nos acomode, pois sempre imaginamos a Vinda do Senhor como algo demorado, que não aconteceu até agora e vai demorar a acontecer. Que o Senhor só voltará depois que eu casar, ou tiver meus filhos, ou quando eu ver meus netos. Nós não podemos afirmar em qual data o Senhor aparecerá nas nuvens, ninguém, a não ser o Senhor tem esta informação. Mas enquanto carne, o mais lógico, certo e esperado a nós, seres humanos, é a morte.

E será que estamos preparados para a morte? Será que quando o noivo nos chamar nós estaremos com nossas lâmpadas cheias para nos apresentarmos a ele?

Eu ouvi alguém dizer um dia que somos só um acúmulo de carboidratos e proteínas, dotados da excelência do sopro de Deus. Nossa estadia aqui é passageira. Quando chegou o momento do encontro, as que estavam preparadas entraram na Casa do Noivo e as que não estavam ainda tentaram do jeitinho humano. Ainda conseguiram comprar o óleo, mas já era tarde demais. Muitas vezes nós pensamos: "quando chegar a minha hora eu vou ter tempo de me arrepender e pedir perdão dos meus pecados a Deus." Mas é pura ilusão!

O Senhor nos chama para servi-lo, e não é amanhã, semana que vem, quando eu terminar meu curso, quando meus filhos crescerem, quando eu ficar velho e tiver aproveitado todos os prazeres da vida, porque nós não sabemos se vai dar tempo fazer o que nós planejamos.

Amados, podemos pensar, que na parábola, as virgens tolas poderiam ter se preparado com reserva de óleo no momento em que souberam que iam casar, elas tiveram muito tempo, e mesmo sabendo que o óleo que tinham não era o suficiente para iluminá-las até a vinda do Noivo, foram dormir, se contentaram com o pouco, ou quase nada que tinham.

E quantas vezes nos contentamos em viver um cristianismo miserável? Sabemos que a morte é certa e mesmo assim, não cuidamos da nossa casa espiritual, não cuidamos do templo do Espírito Santo, nem das pessoas que Ele pôs ao nosso lado. Essa pessoa que muitas vezes te faz raiva, que você acha que não te entende, que te faz infeliz, não tenha dúvidas, é Deus que mantém ela lá do seu lado pra te tratar.

Sabemos que o Senhor está às portas, que podemos ter uma parada cardíaca a qualquer momento, e não teremos tempo de clamar o perdão do Senhor! Vivemos como se as coisas ruins só acontecessem com os outros. Há cerca de um mês eu assistia o velório de Eduardo Campos e imaginava o que aquela família estava passando. Hoje eu estou vivendo na pele o que é perder um pai.

O dia mal vem. Mas você está preparado para enfrenta-lo? Ou está só esquentando um banco na igreja?

Lucas 12:19-20 “Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

Deus quer que nos entreguemos como um todo a Ele! Quantos livramentos nós temos tido e mesmo assim continuamos do mesmo jeito. Ah, um dia eu obedeço a Deus. Se meu pai não vivesse uma vida em comunhão com Deus, será que nós estaríamos tendo a certeza da salvação dele? Eu exalto o nome do Senhor, pois ele tinha a consciência de que era pó e ao pó voltaria e se portou como uma das virgens prudentes. Apresentou-se ao Senhor com a lâmpada acesa e muito mais azeite ele levou guardado consigo.

No versículo 8 de Mateus 25 diz: “E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando.”

Não ache que porque sua mãe vai pra igreja, vive em santidade e ora por você, que você estará salvo. Cada um é responsável pelas obras que praticou e se você ou até mesmo eu iludimos a todos que somos crentes porque somos membros de uma igreja, mas nossas obras não condizem com a imagem de Cristo, estamos sendo como as virgens tolas, que tiveram todo o tempo antes do noivo chegar para se preparar e perderam a grande oportunidade de serem honradas por ele.

 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Rogo aos Jovens

1 João 2:14 - "Jovens, eu vos escrevi por que sois fortes."

Rogo aos Jovens
 
As epístolas de Pedro são notadamente conhecidas por tratar dos sofrimentos que os cristãos em toda terra padecem em favor do nome de Cristo. Alguns dão bastante ênfase à palavra de Pedro aos presbíteros. Poucos, entretanto, atentam para uma palavra especial, dedicada aos jovens: “Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos de toda humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a Sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que, em tempo oportuno ele vos exalte” (1 Pe 5:4-5).
 
Servo de Deus
Pedro conhecia seu chamamento. O Senhor o buscou à beira da praia, para fazê-lo pescador de homens (Mc 1:16-17). Ele foi designado para ser apóstolo (Lc 6:13). Pedro, quando imaturo, sentia-se forte e absoluto por seu chamamento, mas negou o Senhor, mesmo diante das pessoas mais simples (Mt 26:35, 74). Ao ressuscitar, o Senhor mandou uma palavra a Seus discípulos e a Pedro, em especial (Mc 16:7). Ele viu o Senhor, ainda naquele dia, mas, após poucos dias, desistiu de tudo e foi pescar (Jo 21:3). Depois do Pentecostes, depois do crescimento da igreja em Jerusalém e do estabelecimento das igrejas na Judéia, Pedro ainda era capaz de resistir ao Senhor e manter sua posição a respeito do que o Senhor lhe falava (At 10:14). Os evangelhos, o livro de Atos e até mesmo a carta de Paulo aos gálatas apontam tantas situações e manifestações adversas de Pedro, que parecia impossível que ele pudesse avançar no Senhor. Em suas epístolas, entretanto, vemos uma pessoa diferente. Pedro foi transformado por meio das várias provações por que passou. Por fim, podia ajudar outros, de maneira humilde, como Deus queria, e não segundo sua própria vontade (1 Pe 5:1-3).
Jovens, nós fomos chamados! O Senhor nos escolheu e nos predestinou para uma viva esperança (1 Pe 1:3). O mesmo Deus que operou eficazmente em Pedro, e o tornou maduro, estável e útil, quer trabalhar em nós. Precisamos estar abertos ao operar de Deus. Esta abertura não se dá por repetirmos algumas palavras de ordem ou “pularmos” em algumas reuniões. De maneira prática, se você deseja que Deus faça algo em sua vida, você deve submeter-se aos mais velhos, especialmente a seus pais e aos irmãos responsáveis da igreja em que se reúne. Você também precisa cingir-se de humildade no trato para com outros jovens, isto é, abandonar todo tipo de competição, de comparação, de auto-exaltação. Você precisa abdicar dos modismos, das “panelinhas”, das coisas que o separam, de alguma forma, de outros jovens e irmãos da igreja.
Esta palavra é apresentada por Pedro como um rogo, e não na forma de mandamento. O jovem que atende a este rogo tem uma porta aberta para se tornar um servo de Deus, experimentado, genuíno, como Pedro se tornou. Ser um servo de Deus não é uma questão de ser treinado ou obter alguma informação especial, mas de conhecer Deus, desfrutar Deus e ser transformado. Todos somos filhos de Deus, e Ele nos ama. Mas chegará o dia, em que o Senhor, como reto juiz e sol da justiça, terá de distinguir entre aquele que O serve e aquele que não O serve, entre aquele que amadureceu e aquele que permaneceu insubmisso (Ml 3:18). Jovens, ouçamos o rogo de Pedro, e do Senhor, e tomemos este caminho, pois, assim, o Deus de toda graça, depois de termos sofrido por um pouco, nos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar (1 Pe 5:10).
 
O Sacerdócio Real
O objetivo de Deus, ao apresentar-nos essa direção, não é apenas fazer-nos pessoas boas, corretas. Ele deseja gerar ministros que sirvam à igreja, que é Sua casa. Pedro nos mostra que fomos feitos pedras que vivem a fim de sermos edificados casa espiritual e sacerdócio santo (1 Pe 2:5). No antigo testamento, o sacerdócio santo foi dado à casa de Arão, e o serviço da casa de Deus à tribo de Levi. No meio de uma situação de confusão e rebelião, Arão foi o primeiro a tomar o lado do Senhor, e a tribo de Levi o seguiu. Eles estavam dispostos a tratar com a própria carne em favor dos interesses de Deus (Ex 32:26-28). Hoje, nós somos uma nação santa, sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva de Deus. Por isso servimos a Deus, pois somos de Deus (1 Pe 2:9).
Vários jovens entre nós têm obtido sucesso em seu serviço na propagação do evangelho do reino. Alguns na África, outros na Europa e até mesmo no Canadá. Muitos têm recebido responsabilidade na igreja em sua cidade, e desempenham bem seu serviço. Por outro lado, muitos estão galgando posições importantes nas organizações seculares. São pós-graduados, mestres e PhD’s. Ainda jovens, já ocupam cargos de confiança em instituições financeiras e multinacionais. Tudo isso é resultado da bênção de Deus. Entretanto, precisamos ser sóbrios e vigilantes, para que nenhum de nós se exalte, e venha a sucumbir ao engano do inimigo (1 Pe 5:8). Antes, devemos reconhecer que tudo o que recebemos vem de Deus, pertence a Deus e é para a igreja, a casa de Deus. Além disso, o Senhor quer produzir um sacerdócio real, um serviço corporativo, onde nenhum sacerdote aparece, mas somente o Senhor é manifestado.
Nosso sacerdócio real consiste em que sirvamos hoje, com toda humildade, para que, na volta do Senhor, recebamos o galardão do reino. A igreja é a realidade do reino dos céus. Sua manifestação será no reino milenar. Quando o Senhor se manifestar em glória, então seremos glorificados com Ele, e receberemos nossa porção como co-reis (Cl 3:4). Até lá, porém, somos sacerdotes, ministros, e nossa única porção é o Senhor (Nm 18:20).
 
Humilhai-vos
 
Pedro, de fato, foi transformado. O resultado de sua experiência, escrito em suas epístolas, é um modelo para nós. Estamos sobre os ombros de Pedro e das gerações passadas. Não precisamos sofrer para perceber que devemos humilhar-nos sob a poderosa mão de Deus. O mundo nos ensina a buscar lugares mais altos, ser agressivos, obstinados, ser os melhores, bem sucedidos. Nós, porém, já vimos nosso lugar em Cristo. Ele tem cuidado de nós (1 Pe 5:7). Agora buscamos uma consagração genuína, diária, pois, se com Ele sofremos, com Ele também reinaremos. Por isso, devemos praticar a Palavra com sinceridade e pureza de coração, recebendo a direção dos irmãos responsáveis e servindo a igreja com toda humildade. Jovens, quando aprendemos a lição da humilhação, o caminho é aberto para alcançarmos nossa herança, nossa coroa, sem mácula, incorruptível, que está reservada nos céus para nós (1 Pe 5:4; 1:4).

Fonte: Jovens de Brasília.